O TEMPO
Dei para esquecer o dia em que estou
O aniversário das pessoas
Não sei mais os telefones
Troco os nomes
O aniversário das pessoas
Não sei mais os telefones
Troco os nomes
Meus enganos me cansam
Tropeço nos meus cachorros
Piso as pata, as orelhas
De perto não vejo de longe
De longe não vejo de perto
Piso as pata, as orelhas
De perto não vejo de longe
De longe não vejo de perto
Aprendi a perdoar com os meus cachorros
Só eles me cobrem de beijos
Quando, sem querer,
Provoco estes deslizes
Eles nem sabem que não faço por mal
Meus orelhudos só crêem no bem
Quando, sem querer,
Provoco estes deslizes
Eles nem sabem que não faço por mal
Meus orelhudos só crêem no bem
A compaixão habita os seus corações
São gratos por eu lhes dar comida
E limpar suas fezes
Choram se coloco perfume e pego a bolsa
Abanam o rabo se me deito com um livro
Certeza de que podem dormir
E limpar suas fezes
Choram se coloco perfume e pego a bolsa
Abanam o rabo se me deito com um livro
Certeza de que podem dormir
Minha alma começa a farejar.
Foto: Lúcia Gomes Raya Cacau - minha cachorrinha |
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