A ESPERA
Sento-me na espreguiçadeira de madeira e couro
comprada antes da feira de Ipanema virar designer
publicada em jornal e circular como ideia única
projetos de arquitetura de outrem.
Recosto a cabeça nas almofadas de filó,
produto de mãos caprichosas, sabedoras de pontos e nós
onde reclino cansada dos dias iguais em demora
a passar pela janela das flores desabrochando
Olhares inquietos ao perceber a vida florescendo
derramando em cascatas de verde pela parede
abaixo do peitoril branco, lavado, cheirando a água
terra molhada e matizes de branco e rosa.
O teto com o lustre rachado, desenha o risco da luz
refletida nos móveis, os mesmos vindos comigo
em viagem de mudança para junto das matas e mar
sabiás fazendo ninhos e piando ao despertar.
comprada antes da feira de Ipanema virar designer
publicada em jornal e circular como ideia única
projetos de arquitetura de outrem.
Recosto a cabeça nas almofadas de filó,
produto de mãos caprichosas, sabedoras de pontos e nós
onde reclino cansada dos dias iguais em demora
a passar pela janela das flores desabrochando
Olhares inquietos ao perceber a vida florescendo
derramando em cascatas de verde pela parede
abaixo do peitoril branco, lavado, cheirando a água
terra molhada e matizes de branco e rosa.
O teto com o lustre rachado, desenha o risco da luz
refletida nos móveis, os mesmos vindos comigo
em viagem de mudança para junto das matas e mar
sabiás fazendo ninhos e piando ao despertar.
Foto: Lúcia Gomes |
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