Samambaias na árvore do quintal Foto: Lúcia Gomes |
Sou uma ave perdida
Batendo de galho em galho
Minha vida incompleta
Minha vida interrompida
A tempestade e suas águas
Desmantelando o meu ninho
Não sou alegre, sou triste
E se ainda escrevo versos
É para tornar eterno
Meu amor pelo Poeta
A noite orvalha as folhas
O frio veste casacos
Eu tento colar os cacos
Do meu corpo alquebrado
Faço um colar de contas
E conto todos os dias
Meus momentos, meus instantes
Para encontrar meu menino
Lembro de uma rolinha
Que debaixo do temporal
Não abandonou o filhote
Na árvore do meu quintal Um dia não mais a vi
Encontrei o filhote morto
Deixei-o quieto, deitado
Ela no muro espiava
Recolhi-me no meu quartoNa minha solidão calada
Procuro o rumo da ave
Para que possa guiar-me
Fiquei comovido com teu poema. E triste, compartilhando tua tristeza, teu desalento. Não mereces sofrer tanto... bjs
ResponderExcluirLucia o q. escreve é lindo, tem alma e sentimentos, É uma vitória secreta, a cada criação. bjus
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