As palavras embaralhadas na chuva da noite,
molharam o caderno, o risco do lápis,
restando um grafite como paisagem.
A mão passou a desenhar o verso,
os dedos sobre o papel,
riscando borrões, detalhes sombreados.
A luz dos desenhos refletia a borrasca
nas vidraças das janelas do quarto:
lágrimas derramadas das nuvens.
Meus olhos espiam o céu
esperando clarear o dia:
manhã azul me espia.
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