Manhã de inverno
Meu passado habita sobre a vida:
telhados debruçados nas janelas,
os contornos desenhados pela luz
nessa manhã de inverno.
telhados debruçados nas janelas,
os contornos desenhados pela luz
nessa manhã de inverno.
Caminho passo a passo sem ter pressa.
Fincar os pés no presente, tal qual estacas firmes,
nem a brisa balança as asas do sanhaço no galho.
Não nego os rastros:
olhar o percurso é aprendizado.
nem a brisa balança as asas do sanhaço no galho.
Não nego os rastros:
olhar o percurso é aprendizado.
O futuro é hoje mesmo.
O cheiro do café nas manhãs,
o pássaro banhando-se nas bromélias,
o cachorrinho deitado na soleira,
o sol de primavera.
o pássaro banhando-se nas bromélias,
o cachorrinho deitado na soleira,
o sol de primavera.
Escrever é florir:
Palavras perfumadas com minhas mãos,
guardadas com carinho no caderno
a espera de que o abras, cada fio de cabelo entre teus dedos,
o rosto a sonhar em teu peito, folhas ganhando asas.
guardadas com carinho no caderno
a espera de que o abras, cada fio de cabelo entre teus dedos,
o rosto a sonhar em teu peito, folhas ganhando asas.
(Lúcia Gomes - direitos reservados)
Rua das Flores - Paraty Foto: Lúcia Gomes |
Show , muito bonito o poema !
ResponderExcluirFeliz que gostes, João Vieira
ResponderExcluirJoão António, estás em cada verso e sabes disso.
ResponderExcluirMuito bacana essa postagem!
ResponderExcluirFico feliz que gostes, Prof.Adinalzir. Desculpe-me a demora em responder. Não estou recebndo as notificações por e-mail.
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