Estou triste como árvore antiga
Cujos galhos tombaram ao temporal
Chego a sentir o cheiro da mata
O lago que defronte ondula
A espelhar minha nova forma
Debruçando-me sobre o solo umedecido
Procuro pensar que destes galhos
Caídos sobre o chão molhado
Surgirão novas mudas de mim mesma
Verdejantes e pequenas, inocentes
A crescerem em direção à luz
Tomando o jeito de viverem
O lago guarda os peixes e tem lírios
Parece um fino tecido ao vento
Já foi soterrado em outras chuvas
Cobriu-se de lama barrenta
Seus habitantes foram com a enxurrada
Hoje resplandece ao sol nascente
Procuro aprender com a natureza
A sobreviver aos temporais
Observo o voo do pássaro, sem medo
As folhas que se dobram sem enfrentar o vento
O colibri colhendo o néctar de flor em flor
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