flor da cana do brejo

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Hoje é finados
Findados os tempos
Pedro e a sua cachorrinha
Os dias pararam
No meu desalento

Não viro as páginas
Do meu calendário
Acabaram-se as datas
Do tempo diário 

Parada no quarto 
Olhando para o teto
Vejo a aranha
Comendo um inseto

Viro para o lado
Uma traça traduz
O casulo que guarda
O que em mim ainda é Luz

Recosto a cabeça
A cachorra esprequiça
Minhas lágrimas descem
Seu pêlo umidecem

Meus olhos são duas tinas
Saciariam a sede de um deserto


2 comentários:

  1. Poema lindo e muito triste...
    Mas poderia ser diferente?
    Pedro está lindo. Tão carinhoso...
    Lúcia, suas lágrimas saciarão a sede de muitos, pois são lágrimas de amor, de saudade.
    Um beijo carinhoso

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  2. Você tem muita Luz dentro de si, minha amiga.
    É isso que lhe sustenta: sua fé.
    O poema é lindo!
    Pedro está muito bonito com a cachorrinha. Você eterniza essas boas lembranças.
    Nós agradecemos.
    Um beijo da amiga Márcia

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